quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

OS ABUTRES E OS HOMENS


Até os cães sabem quando os donos os desprezam
Sabem que a sua vez passou direto
Não têm mais condições de habitar aquele teto
E sem poder fazer nada se ajoelham e rezam.

Até os abutres sabem por onde habitar
Sabem muitas coisas mas não se importam
Os abutres são aqueles que vão e nunca voltam
E depois reclamam que não têm onde morar.

Os abutres são maquiados como os homens
São cheios de amor e carência
Mas nunca assumem de vez o seu flagelo.

Os abutres e os homens também comem
Um prato de arroz e um bolo de demência
E regurgitam sem pena o seu castelo.

*Extraido do livro: As aberrações do faz-de-conta.



Eduardo Miranda ( Dos Anjos ).

Artista convidado pelo G.A.M

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